quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

DESFILE WALTER RODRIGUES OUTONO INVERNO 2011 RIO DE JANEIRO

Viajei ao Rio a convite do Estilista Walter Rodrigues para assitir seu desfile no Fashion Rio.
Abrindo o terceiro dia da maratona de desfiles, a grife sobre a regência do maestro Walter Rodrigues, trouxe para os holofotes da temporada uma apresentação que comoveu o público presente. A coleção Outono Inverno 2011 intitulada “Resistência simbólica” do estilista que possui uma nítida referência da fase japonesa, surge o foco dessa estação que são os mulçumanos em especial os afegãos e os seus símbolos que nos fazem viajar em uma vasta cultura milenar.



No centenário Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, uma versão feita exclusivamente para a ocasião da “Rosa de Hiroshima”, a canção de Vinicius de Moraes foi interpretada por um coral de crianças, criando juntamente com a carga histórica que o local preserva, uma atmosfera singular de valor especial.



Com um mix de notas árabes e um tom oriental evidente nas padronagens, a coleção Walter Rodrigues teve como resultado peças com um apelo emocional muito forte. O estilista primou por uma apresentação que envolvesse o observador e pudesse transportá-lo para um mundo novo, somente dele.



Longos chapéus, a presença da alfaiataria e a cartela de cores pautaram o desfile da grife, além dos tecidos e adereços que se combinaram em uma alquimia perfeita transmitindo para as peças uma pegada urbana.



A silhueta lânguida marcou as modelos urbanas, a alfaiataria considerada o carro-chefe de sua coleção, surge em amplas calças nos modelos pantalonas de corte reto que vieram com a barra mais curta; blazers cropped, vestidos levemente acinturados, capas e vestidos com inspiração urban wear dando assim um novo design as peças clássicas.



Com os looks negros acentuados, o branco veio na paleta para quebrar a monocrômia, através das estampas que sinalizavam símbolos do horóscopo chinês e em padronagens de listras, criando assim um efeito óptico em tecidos confortáveis e que ajudaram a enfrentar as temperaturas amenas da estação mais gélida do ano como uma versão sofisticada do moletom, tricô e texturas matelassadas, Walter primou pela simplicidade dos detalhes, assim deixando o foco principal para o contexto e a proposta para coleção de Inverno da grife.



A modelagem ampla foi marca registrada do desfile podendo ser notada em vestidos, saias, calças, casacos e coletes, sendo também o volume figurinha carimbada em peças através de camadas de babados e drapeados, agregando sofisticação a uma coleção com a proposta de uma moda para as ruas, essa ficando evidente em sobreposições e nos calçados que vinham em versões estilizada das papetes e nas botas de cano médio.



Chamando atenção, os chapéus de feltro em tons de marrom entraram em cena, esse acessório que teve origem ao serem usados pelos Dervixes, monges árabes peregrinos, deram uma peculiaridade aos looks dando ares urbanos à coleção, os zíperes surgem para aproximar a moda apresentada nas passarelas como a usada no dia a dia por consumidores em potencial.







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